quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

E então, estávamos na praia comemorando 10 anos de morando junto. Depois conto os tantos aniversários que brindamos..rsrs. Era noite de lua quase cheia, Pier insistia em perguntar se estava tudo bem e eu estava aérea, já percebendo que não éramos somente três, eu, ele e a Pepi. Tinha mais alguém. No dia seguinte, claro não aguentei e larguei: bom dia! acho que somos quatro aqui. Ele meio sem entender, quando viu eu agradando a barriga simplesmente não sabia o que fazer, nem o que dizer. Estava numa felicidade, mesmo sem a certeza. E que medo de que não fosse certeza porque eu estava, até então, menstruada. Corremos para a farmácia, compramos um teste de farmácia. Foi divertido. O atendente meio ressabiado ao entregar o produto disse devo desejar boa sorte, tomara que esteja vindo um bebê? Demos muita risada e dissemos juntos: mas é claro! E numa frenética voltamos para casa, fizemos o procedimento e deixamos aquele potinho que tinha um pouco de xixi e que daria o pré veredicto: uma linha não, duas sim. Passados alguns segundos uma linha. Passados mais alguns segundos e qual não foi a melhor a surpresa de nossas vidas? Duas linhas. Nossa, nos abraçamos, nos beijamos, mil declarações saíam de nossas bocas. Fui em outra farmácia, um teste de outra marca. Novamente o ritual. Novamente duas maravilhosas linhas e, claro, um espírito estava voltando para perto de nós. E já estava ali. É uma loucura tentar descrever a sensação que tive naquele sábado. Era único. Pier, sempre todo cuidadoso ao abrir uma garrafa de espumante tratou de estourar mesmo numa alegria única. Aquilo foi lindo. Aquilo foi o primeiro de muitos estouros de espumantes. Foi um brinde à vida. E, sem saber, aquilo se repetiria para sempre. Aquilo, o brinde à vida. O brinde à vida de nós quatro juntos.

O POR QUE DESTE BLOG


Então já faz um ano e um mês que o meu sentido da vida foi aguçado. Petrus chegou em 22 de fevereiro de 2008. Não, ele não estava fora da barriga. Foi o dia em que eu tive a certeza de que ele já estava novamente neste plano. E aí, foram 40 semanas de gestação + 13 meses dele fora da barriga e até que recentemente comecei a me lamentar por não ter feito um minuncioso diário da vida do meu menino. Bom, foi quando pensei: ao invés de lamentar, vou é aproveitar e fazer já. E por isso, cá está o nosso blog! Vou fazer uma retrospectiva do inicio de uma das fases mais maravilhosas desta minha vida.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ele chegou


E segundos vão, segundos vem. Sim, você não conta em horas. Na verdade conta em milésimos de segundos para trazerem o bebê para você no quarto. E quando ele chegou. Eu não me cabia. Me deram ele nos braços e num desajeito certeiro aquela criança calma, tranquila, serena se aninhou em meus braços e então agarrou o peitão e começou a sugar. E quem disse que não nascemos sabendo??

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mais lembranças...

E então levaram o Petrus para os procedimentos e eu fiquei ali numa sensação que é impossível descrever. Agora, escrevendo sobre, a mesma sensação me invade. É uma delícia. Eu, claro, não parei de falar. Não senti sono. Só vontade de estar com todos e de estar com ele. O Pier entrou na sala com ele nos braços e quando eu o senti no meu colo foi demais. E então perguntei para o tio Rubens, o pediatra, como ele está e ouvi: ótimo, é um menino forte e saudável. Meus olhos se enchem de lágrimas agora. Para mim esse momento foi mais emocionante ainda. Desde o resultado do exame até o nascimento você fica esperando ouvir isso. E digo: é muito bom! E aí levaram meu garotão para um relax e até quiseram que eu também descansasse. Mas descansar do que? Minha energia acabava de ser renovada!! E que renovação. O Petrus nasceu às 13h45 e eu só consegui cochilar depois da meia-noite!! Eu dizia para o grupo de enfermeiras: meninas me liberem quero ir ver a galera, quero ir receber meu Petrus!!

Lembranças...

Respondi bem à indução. Quer dizer, para mim estava tudo bem. Depois de cerca de seis horas, Dra. Simone entra no quarto e diz: Paula, vamos para uma cesárea, mas não se apresse. Fique tranquila. Assim, fiquei mas dois minutos depois uma equipe entrou no quarto querendo me levar rapidamente parao centro cirúrgico. Não estava entendo nada, mas se era assim, que fosse então, né. E o Pier me acompanhou até a entrada da sala e lá eu dava risada, chorava, ria. Não deixava ninguém parado. O Petrus estava igual na minha barriga. Se mexia e acho que ria também rsrsrs. Tudo levou cerca de 40 minutos!! De repente pressionaram minha barriga, eu senti ele vindo, dei uma gargalhada gostosa e o garotão apareceu. O Pier foi lindo. "Meu Deus", ele disse. E realmente não poderia dizer outra coisa. Se tem um momento em que sentimos Deus, o momento é o do nascimento. E nossa, a partir dali foi uma coisa descomunal. Assim, pura e simplesmente.

Lembranças...

É como se fosse hoje. Era sexta-feira e a Maternidade estava agendada para o dia seguinte, 18 de outubro. Primeiro tentaríamos a indução do parto normal, já estava de 40 semanas e o mocinho nada de querer vir, e se não tivessemos sucesso, iríamos para uma cesárea. Trabalhei na sexta-feira normalmente, fiz minha última pauta grávida. Peguei o carro, o equipamento e fui na Oli Gastronomia fotografar a Geraldine Miraglia. Em casa, fiz um monte de coisas até uma hora da manhã mais ou menos. Os doidinhos tio Eduardo, tia Adri e a Eduarda já estavam na cidade e ficaram com a gente até tarde curtindo uma pizza. Depois que eles se foram, fomos arrumando as coisas, carregando o carro. Eu e o Pier nos olhávamos e não sabíamos se ríamos, se chorávamos. A emoção florava...Nem dormi, às 5h o relógio despertou. Às 6h chegamos à maternidade. Eu do mesmo jeito. Dando risada e não vendo a hora de tê-lo em meus braços. Mas não seria tão fácil.